Questões de Conhecimentos Gerais do ENEM

Questões de Conhecimentos Gerais retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

cód. #75109

INEP - Conhecimentos Gerais - 2021 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar sua preservação. No Império, como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência de alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade, os praças de pré, os membros de ordens religiosas.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
A restrição à participação eleitoral mencionada no texto visava assegurar o poder político aos(às)

A) assalariados urbanos.

B) oligarquias regionais.

C) empresários industriais.

D) profissionais liberais.

E) círculos militares.

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cód. #75112

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Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado).
Considerando o argumento apresentado, a discriminação racial no Brasil tem como origem

A) identidades regionais.

B) segregação oficial.

C) vínculos matrimoniais.

D) traços fenotípicos.

E) status ocupacional.

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cód. #75117

INEP - Conhecimentos Gerais - 2021 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

É certo que também o animal produz. Constrói para si um ninho, casas, como as abelhas, os castores, as formigas etc. Mas produz unicamente o que necessita imediatamente para si ou sua prole; produz unicamente por força de uma necessidade física imediata, enquanto o homem produz inclusive livre da necessidade física e só produz realmente liberado dela; o animal produz somente a si mesmo, enquanto o homem reproduz para natureza inteira.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002 (adaptado).
Na perspectiva do texto, o trabalho humano se diferencia da produção de outros animais em razão da

A) presença de atividade criativa.

B) realização de práticas imitativas.

C) busca de sobrevivência individual.

D) modificação de paisagens naturais.

E) existência de organização coletiva.

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cód. #75118

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Uma civilização é a entidade cultural mais ampla. As aldeias, as regiões, as etnias, as nacionalidades, os segmentos religiosos, todos têm culturas distintas em diferentes níveis de heterogeneidade cultural. A cultura de um vilarejo no sul da Itália pode ser diferente da de um vilarejo no norte da Itália, mas ambos compartilharam uma cultura italiana comum que os distingue de vilarejos alemães. As comunidades europeias, por sua vez, compartilharão aspectos culturais que as distinguem das comunidades chinesas ou hindus.
HUNTINGTON, S. P. O choque de civilizações. Rio de Janeiro: Objetiva,1997.
De acordo com esse entendimento, a civilização é uma construção cultural que se baseia na

A) atemporalidade dos valores universais.

B) globalização do mundo contemporâneo.

C) fragmentação das ações políticas.

D) centralização do poder estatal.

E) identidade dos grupos sociais.

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cód. #75123

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Doze mil quilômetros separam Acra, a capital de Gana, do Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos, centro da revolução tecnológica do século XXI. Há, no entanto, outra distância maior do que a geográfica. Acra e o Vale do Silício estão no extremo de um ciclo de vida. Computadores, tablets e celulares nascem da cabeça de nerds sob o sol californiano e morrem e são descompostos no distrito de Agbogbloshie, periferia africana.
LOPES, K. O lixão pontocom da África. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 10 abr. 2015.
A situação descrita é um exemplo de um modelo de desenvolvimento tecnológico que revela um processo de

A) diminuição de empregos formais na área de reciclagem.

B) redução do consumo consciente entre as nações envolvidas.

C) negligenciamento da logística reversa por esse setor industrial.

D) desmantelamento das propostas de tratamento dos resíduos sólidos.

E) desestruturação dos serviços de assistência técnica em países emergentes.

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cód. #75128

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No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos anos 1950 — quando efetivamente a canção popular começou a ser objeto de debate e análise por parte das elites culturais — desenvolveram-se duas principais vertentes interpretativas da nossa música: a vertente da tradição e a vertente da modernidade, dualismo que não surgiu nesta época e nem se restringe ao tema da produção musical. Desde pelo menos 1922, a tensão entre “tradicional” e “moderno” ocupa o centro do debate político-cultural no país, refletindo o dilema de uma elite em busca da identidade brasileira.
ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro: Record, 2013.
A manifestação cultural que, a partir da década de 1960, pretendeu sintetizar o dualismo apresentado no texto foi:

A) Jovem Guarda, releitura do rock anglófono com letras em português.

B) Samba-canção, combinação de ritmos africanos com tons de boleros.

C) Tropicália, junção da música pop internacional com ritmos nacionais.

D) Brega, amostra do dia a dia dos setores populares com temas românticos.

E) Cancioneiro caipira, retrato do cotidiano do homem do campo com melodias tristes.

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cód. #75131

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Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.


SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.

Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.


Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos

A) pais, pela separação forçada dos filhos.

B) cativos, pelo envio compulsório ao conflito.

C) religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.

D) oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.

E) senhores, pela perda do investimento em mão de obra.

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cód. #75132

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Há outras razões fortes para promover a participação da população em eleições. Grande parte dela, particularmente os mais pobres, esteve sempre alijada do processo eleitoral no Brasil, não somente nos períodos ditatoriais, mas também nos democráticos. Na eleição de 1933, por exemplo, apenas 3,3% da população do país votaram. Em 1945, com a volta da democracia, foram parcos 13,4%. Em 1962, só 20% dos brasileiros foram às urnas.
KERCHE, F.; FERES JR., J. Um nobre dever. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 109, out. 2014.
O baixo índice de participação popular em eleições nos períodos mencionados ocorria em função da

A) adoção do voto facultativo.

B) exclusão do sufrágio feminino.

C) interdição das pessoas analfabetas.

D) exigência da comprovação de renda.

E) influência dos interesses das oligarquias.

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cód. #75136

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A agenda escolar 2008 convida os alunos das escolas municipais do Recife à leitura mensal de trechos de poemas dos 12 artistas agraciados com estátuas desde 2005. Dessa maneira, esses alunos tiveram acesso, em cada mês do ano, a informações sobre as personalidades retratadas no papel e no espaço público, lendo e discutindo seus versos e visitando as esculturas instaladas estrategicamente no centro da cidade. Trata-se, em suma, de uma pedagogia do espaço público que repousa no reconhecimento de personalidades e lugares simbólicos para a cidade. De acordo com a prefeitura, o itinerário poético seria uma maneira de fazer reconhecer talentos que embelezam os postais recifenses, além de estreitar laços do cidadão com a cultura.
MACIEL, C. A. A.; BARBOSA, D. T. Democracia, espaços públicos e imagens simbólicas da cidade do Recife. In: CASTRO, I. E.; RODRIGUES, J. N.; RIBEIRO, R. W. (Org.). Espaços da democracia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013 (adaptado).
No texto, está descrita uma ação do poder público que coloca a paisagem como um fator capaz de contribuir para a

A) inclusão das minorias reprimidas.

B) consolidação dos direitos políticos.

C) redução de desigualdades de renda.

D) construção do sentimento de pertencimento.

E) promoção do crescimento da economia.

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cód. #75137

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Gifford Pinchot, engenheiro florestal treinado na Alemanha, criou o movimento de conservação dos recursos, apregoando o seu uso racional. Na verdade, Pinchot agia dentro de um contexto de transformação da natureza em mercadoria. Na sua concepção, a natureza é frequentemente lenta e os processos de manejo podem torná-la eficiente; acreditava que a conservação deveria basear-se em três princípios: o uso dos recursos naturais pela geração presente, a prevenção de desperdício e o uso dos recursos naturais para benefício da maioria dos cidadãos.
DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec; Edusp, 2000.
A atual concepção de desenvolvimento sustentável diferencia-se da proposta de Gifford Pinchot, do fim do século XIX, pelo foco na

A) precificação das riquezas naturais.

B) desconstrução dos saberes tradicionais.

C) valorização das necessidades futuras.

D) contenção do crescimento econômico.

E) oposição dos ideais preservacionistas.

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