Questões de História do ENEM

Questões de História retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

cód. #3588

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia


Essa imagem foi impressa em cartilha escolar durante a vigência do Estado Novo com o intuito de

A) destacar a sabedoria inata do líder governamental.
B) atender a necessidade familiar de obediência infantil.
C) promover o desenvolvimento consistente das atitudes solidárias.
D) conquistar a aprovação política por meio do apelo carismático.
E) estimular o interesse acadêmico por meio de exercícios intelectuais.

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cód. #3591

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de então, os marinheiros - agora respeitados - teriam suas condições de vida melhoradas significativamente. Sem dúvida fizeram avançar a História.

MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros-um a saga negra. São Paulo: Global, 1982.


A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a)

A) engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas.
B) insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores.
C) rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas.
D) sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obrigatório.
E) manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime imperial.

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cód. #3593

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

São Paulo, 10 de janeiro de 1979.

Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.


Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.

Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores.

Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos competentes de seu governo.

Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).


No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil expressava uma crítica ao(à)

A) censura moral das produções culturais.
B) limite do processo de distensão política.
C) interferência militar de países estrangeiros.
D) representação social das agremiações partidárias.
E) impedimento de eleição das assembleias estaduais.

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cód. #3594

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

O encontro entre o Velho e o Novo Mundo, que a descoberta de Colombo tornou possível, é de um tipo muito particular: é uma guerra - ou a Conquista -, como se dizia então. E um mistério continua: o resultado do combate. Por que a vitória fulgurante, se os habitantes da América eram tão superiores em número aos adversários e lutaram no próprio solo? Se nos limitarmos à conquista do México - a mais espetacular, já que a civilização mexicana é a mais brilhante do mundo pré-colombiano - como explicar que Cortez, liderando centenas de homens, tenha conseguido tomar o reino de Montezuma, que dispunha de centenas de milhares de guerreiros?

TODOROV, T. A conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 1991 (adaptado).


No contexto da conquista, conforme análise apresentada no texto, uma estratégia para superar as disparidades levantadas foi

A) implantar as missões cristãs entre as comunidades submetidas.
B) utilizar a superioridade física dos mercenários africanos.
C) explorar as rivalidades existentes entre os povos nativos.
D) introduzir vetores para a disseminação de doenças epidêmicas.
E) comprar terras para o enfraquecimento das teocracias autóctones.

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cód. #3596

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

O século XVIII é, por diversas razões, um século diferenciado. Razão e experimentação se aliavam no que se acreditava ser o verdadeiro caminho para o estabelecimento do conhecimento científico, por tanto tempo almejado. O fato, a análise e a indução passavam a ser parceiros fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o homem começa a tomar consciência de sua situação na história.

ODALIA, N. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.


No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão filosófica mencionada no texto tinha como uma de suas características a

A) aproximação entre inovação e saberes antigos.
B) conciliação entre revelação e metafísica platônica.
C) vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa.
D) separação entre teologia e fundamentalismo religioso.
E) contraposição entre clericalismo e liberdade de pensamento.

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cód. #3601

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

TEXTO I


Programa do Partido Social Democrático (PSD)

Capitais estrangeiros


É indispensável manter clima propício à entrada de capitais estrangeiros. A manutenção desse clima recomenda a adoção de normas disciplinadoras dos investimentos e suas rendas, visando reter no país a maior parcela possível dos lucros auferidos.


TEXTO II


Programa da União Democrática Nacional (UDN)

O capital


Apelar para o capital estrangeiro, necessário para os empreendimentos da reconstrução nacional e, sobretudo, para o aproveitamento das nossas reservas inexploradas, dando-lhe um tratamento equitativo e liberdade para a saída dos juros.

CHACON, V. História dos partidos brasileiros: discurso e práxis dos seus programas. Brasília: UnB, 1981 (adaptado).


Considerando as décadas de 1950 e 1960 no Brasil, os trechos dos programas do PSD e UDN convergiam na defesa da

A) autonomia de atuação das multinacionais.
B) descentralização da cobrança tributária.
C) flexibilização das reservas cambiais.
D) liberdade de remessa de ganhos.
E) captação de recursos do exterior.

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cód. #3603

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.


VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.


O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)

A) fraqueza bélica dos protestantes batavos.
B) comércio transatlântico da África ocidental.
C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
E) interesse econômico dos senhores de engenho.

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cód. #3604

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é para liquidar com a Petrobras, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o povo. Ainda ontem eu afirmava que a democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo, quando o povo livremente vem para as praças - as praças que são do povo. Para as ruas - que são do povo.

Disponível em: www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/discurso-de-joao-goulart-nocomicio-da-central. Acesso em: 29 out. 2015.


Em um momento de radicalização política, a retórica no discurso do presidente João Goulart, proferido no comicio da Central do Brasil, buscava justificar a necessidade de

A) conter a abertura econômica para conseguir a adesão das elites.
B) impedir a ingerência externa para garantir a conservação de direitos.
C) regulamentar os meios de comunicação para coibir os partidos de oposição.
D) aprovar os projetos reformistas para atender a mobilização de setores trabalhistas.
E) incrementar o processo de desestatização para diminuir a pressão da opinião pública.

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cód. #3605

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

A poetisa Emilia Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir titulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, “heroinas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente.

MIRANDA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10jun. 2015.


As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento

A) feminista.
B) sufragista.
C) socialista.
D) republicano.
E) abolicionista.

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cód. #3608

INEP - História - 2018 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia

TEXTO I


E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.

BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.


TEXTO II


E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.

SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano evida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.


As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à

A) utilização do trabalho escravo.
B) implantação de polos urbanos.
C) devastação de áreas naturais.
D) ocupação de terras indígenas.
E) expropriação de riquezas locais.

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