Questões de Literatura do ENEM

Questões de Literatura retiradas das provas anteriores do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM

cód. #4473

INEP - Literatura - 2014 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Cena


O canivete voou

E o negro comprado na cadeia

Estatelou de costas

E bateu coa cabeça na pedra


ANDRADE, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, 2001.


O Modernismo representou uma ruptura com os padrões formais e temáticos até então vigentes na literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que caracteriza o poema Cena como modernista é o(a)

A) construção linguística por meio de neologismo.
B) estabelecimento de um campo semântico inusitado.
C) configuração de um sentimentalismo conciso e irônico.
D) subversão de lugares-comuns tradicionais.
E) uso da técnica de montagem de imagens justapostas.

A B C D E

cód. #4485

INEP - Literatura - 2014 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil! Queremos conservar a nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa língua, que é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a nossa religião.
BILAC, O. Últimas conferências e discursos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1927
Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da identidade nacional e linguística, ressaltando a

A) transformação da cultura brasileira.
B) religiosidade do povo brasileiro.
C) abertura do Brasil para a democracia.
D) importância comercial do Brasil.
E) autorreferência do povo como brasileiro.

A B C D E

cód. #4489

INEP - Literatura - 2014 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Soneto
Oh! Páginas da vida que eu amava, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!... Ardei, lembranças doces do passado! Quero rir-me de tudo que eu amava!
E que doido que eu fui! como eu pensava Em mãe, amor de irmã! em sossegado Adormecer na vida acalentado Pelos lábios que eu tímido beijava!
Embora — é meu destino. Em treva densa Dentro do peito a existência finda Pressinto a morte na fatal doença!
A mim a solidão da noite infinda! Possa dormir o trovador sem crença. Perdoa minha mãe — eu te amo ainda!
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996
A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido na literatura brasileira como Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da exacerbação romântica identifica-se com o(a)

A) amor materno, que surge como possibilidade de salvação para o eu lírico.
B) saudosismo da infância, indicado pela menção às figuras da mãe e da irmã.
C) construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas com aparência melancólica.
D) presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo seu desejo de dormir.
E) fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o leva a sentir um tormento constante.

A B C D E

cód. #3936

INEP - Literatura - 2013 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem

de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa.

Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz

por trás de sua casa se chama enseada.

Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia

uma volta atrás da casa.

Era uma enseada.

Acho que o nome empobreceu a imagem.

BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record, 2001.


Manoel de Barros desenvolve uma poética singular, marcada por “narrativas alegóricas”, que transparecem nas imagens construídas ao longo do texto. No poema, essa característica aparece representada pelo uso do recurso de

A) resgate de uma imagem da infância, com a cobra de vidro.
B) apropriação do universo poético pelo olhar objetivo.
C) transfiguração do rio em um vidro mole e cobra de vidro.
D) rejeição da imagem de vidro e de cobra no imaginário poético.
E) recorte de elementos como a casa e o rio no subconsciente.

A B C D E

cód. #3942

INEP - Literatura - 2013 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL


A revolução estética brasiliense empurrou os designers de móveis dos anos 1950 e início dos 60 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto por Brasília, eles criaram um mobiliário contemporâneo que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera de consultórios e escritórios. Colada no uso de madeiras nobres, como o jacarandá e a peroba, e em materiais de revestimento como o couro e a palhinha, desenvolveu-se uma tendência feita de linhas retas e curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado.

Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010 (adaptado).


A reportagem e a fotografia apresentam os móveis elaborados pelo artista Sérgio Rodrigues, com um estilo que norteou o pensamento de uma geração, desafiando a arte a

A) evidenciar um novo conceito estético por meio de formas e texturas inovadoras.
B) adaptar os móveis de Brasília aos modelos das escolas europeias do início do século XX.
C) elaborar a decoração dos palácios da nova capital do Brasil com conceitos de linha e perspectiva.
D) projetar para os palácios e edifícios da nova capital do Brasil a beleza do mobiliário típico de Minas Gerais.
E) criar o mobiliário para a capital do país com base no luxo e na riqueza dos edifícios públicos brasileiros.

A B C D E

cód. #3947

INEP - Literatura - 2013 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL


Nas últimas décadas, a ruptura, o efêmero, o descartável incorporam-se cada vez mais ao fazer artístico, em consonância com a pós-modernidade. No detalhe da obra Bastidores, percebe-se a

A) utilização de objetos do cotidiano como tecido, bastidores, agulha, linha e fotocópia, que tornam a obra de abrangência regional.
B) ruptura com meios e suportes tradicionais por utilizar objetos do cotidiano, dando-lhes novo sentido condizente.
C) apropriação de materiais e objetos do cotidiano, que conferem à obra um resultado inacabado.
D) apropriação de objetos de uso cotidiano das mulheres, o que confere à obra um caráter feminista.
E) aplicação de materiais populares, o que a caracteriza como obra de arte utilitária.

A B C D E

cód. #3749

INEP - Literatura - 2010 - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL

Reclame


Se o mundo não vai bem

a seus olhos, use lentes

... ou transforme o mundo


ótica olho vivo

agradece a preferência


CHACAL et al. Poesia marginal. São Paulo: Ática, 2006.


Chacal é um dos representantes da geração poética de 1970. A produção literária dessa geração, considerada marginal e engajada, de que é representativo o poema apresentado, valoriza

A) o experimentalismo em versos curtos e tom jocoso.
B) a sociedade de consumo, com o uso da linguagem publicitária.
C) a construção do poema, em detrimento do conteúdo.
D) a experimentação formal dos neossimbolistas.
E) o uso de versos curtos e uniformes quanto à métrica.

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